Crítica: A Esperança - Parte 1

21.11.14




"Eu me arrasto dos pesadelos todas as manhãs e descubro que não há nenhum alívio em estar acordado."



 Enfim, o filme mais esperado do ano chegou! Jogos Vorazes: A Esperança - parte 1 veio para derrubar forninhos e cumpriu sua missão.


Cuidado: haverá spoilers de Jogos Vorazes e Em Chamas!



 Primeiramente, Francis Lawrence fez diferente arriscando dividir o filme em duas partes. Dessa vez, vemos uma Katniss ainda mais perturbada do que nos outros filmes -não que isso seja uma coisa ruim. Muitas reviravoltas acontecem em sua vida, e agora, após a faísca ter sido acesa, ela precisa ser o tordo. Uma guerra está prestes a começar e ela precisa liderar. 

 Após a destruição do Distrito 12, os sobreviventes encontram-se no subterrâneo Distrito 13, liderado por Alma Coin. Peeta, que deveria estar ali, está sequestrado pela capital. A arena foi destruída e a fagulha se transformou em uma chama. Katniss começou uma rebelião. Não que ela quisesse, pois seu objetivo era salvar a irmã, mas não há como desistir de algo já começado. A revolução está começando e os dois lados precisam de armas. Ela precisa se tornar o tordo dos rebeldes, e convencer à todos de que ficar ao lado dela é a escolha certa. Por outro lado, a arma da capital é Peeta. 

 Snow, que tem uma participação maior do filme do que no livro (tendo em vista o livro é apenas a visão de Katniss), faz com que as pessoas fiquem contra o garoto. Será que ele é apenas um traidor? Ou está fazendo de tudo para se manter vivo? 

 Ninguém odeia mais a Capital do que Katniss Everdeen e, em meio a tanto ódio, ela precisa se decidir. 

Ser o tordo e salvá-lo. 



 O filme é realmente muito polêmico. O livro na qual é baseado (A Esperança) é um tanto 'parado' e por isso, não havia necessidade de dividir sua adaptação em duas partes. Alguns pontos foram alterados, para trazer maior participação de outros personagens e tudo isso fez com que o o filme se sobressaísse. Essa alteração não alterou em nada a essência do livro, apenas aumentou a participação de alguns, como Effie Trinket. Agora, será que vale dizer que 'o filme superou o livro'? Isso é mesmo possível? Pode ser que não haja comparação porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas, o filme é 'mais animado' e com mais ação do que o livro - se você não leu, tudo bem, apenas assista os outros filmes para entender. Na opinião da pessoa que escreve esse texto, o filme se sobressaiu ao livro.

 O final. Essa é a parte polêmica. 90% dos Tributos achavam que o filme terminaria em uma parte e acabou terminando em outra. O corte (entre parte 1 e parte 2) não foi de muito agrado, mas deixou um clima ainda maior de suspense no ar. Tirando que passei mal durante a sessão (espirrei, espirrei, espirrei mais uma vez e por fim, tossi), o final foi a única parte 'mais ou menos'.

 Não há cor no filme; tudo é muito cinza, com cores sombrias, repassando exatamente o que Katniss vive naqueles dias. A trilha sonora também, muito sombria, mas bem colocada. Lorde (sim, não sou fã dela e nem de suas músicas) fez um bom trabalho, mas acredita-se que não sejam músicas para 'se escutar enquanto arruma o quarto' ou algo assim. Ficaram boas 'encaixadas' no filme. Jennifer Lawrence cantando A Árvore Forca fez o corpo de todos nas salas tremer. De uma coisa não há dúvida: você irá chorar, tremer e rir. O filme possuí 2 horas de duração que parecem apenas 30 minutos. 


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 O filme foi dedicado à Philip Seymour Hoffman, que morreu antes das gravações terminarem. Parte de duas cenas foram feitas 'por computador', mostrando ainda mais o talento da equipe que trabalha no filme. As artes são muito bem feitas. 

 A atuação dos atores foi brilhante! Não vamos falar de Oscar por enquanto, mas Jennifer Lawrence reagindo ao ver seu lar destruído, Josh Hutcherson sendo outra pessoa e Liam Hemsworth contando como o ataque aconteceu foi perfeito! Philip como Plutarch Heavensbee ao lado de Julianne Moore como Alma Coin liderando o Distrito 13, Donald Shuterland, como o-senhor-das-rosas-brancas Snow, Sam Claflin como um Finnick que perdera a única família que lhe restava e, a aniversariante de hoje, Jena Malone, em seus cinco segundos de Johanna Mason merecem palmas (novos atores, como Natalie Dormer estão de parabéns também). Sem contar a distribuidora, Paris Filmes, pela ótima divulgação!

O mais interessante é que, mesmo que você não tenha lido o livro, você pode entender o filme. Há bastante ação para aqueles que se sentirem perdidos por não saberem muito. O longa vale seu ingresso.


São as coisas que mais amamos que nos destroem, e A Esperança - parte 1 irá destruir você!



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Por Flávia Bergamin
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